Quando o Diagnóstico Chega: As Dores Silenciosas de uma Mãe que Descobre o TDAH do Filho
- Dra Thayane Esteves
- 8 de jul.
- 2 min de leitura
Você entra no consultório com dúvidas, cansaço e um nó no peito. Sai com uma resposta: TDAH.
E, de repente, tudo muda. Não só o entendimento sobre o comportamento do seu filho, mas a forma como você se vê como mãe e como mulher e como cuidadora.
Esse é o ponto de virada e também o início de uma avalanche emocional.
Culpa: a dor que vem antes da compreensão
Quando o diagnóstico chega: as dores silenciosas de uma mãe que descobre o TDAH do filho; Mesmo sabendo que o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade é uma condição neurológica, a culpa chega sem pedir licença:
"Será que eu errei na criação?"
"Fui negligente?"
"Dei limites demais ou de menos?"
"Foi a separação? O excesso de telas? O meu jeito de ser?"
A mente vira um tribunal. E a mãe, ré de um crime que não cometeu. A culpa é irracional, mas visceral. Porque toda mãe se cobra e no fundo acredita que deveria ter previsto, evitado, feito diferente.
Medo: o futuro se torna uma incógnita Quando o diagnóstico chega: as dores silenciosas de uma mãe que descobre o TDAH do filho;
Quando o diagnóstico chega: as dores silenciosas de uma mãe que descobre o TDAH do filho; Junto da culpa, vem o medo. Medo do julgamento da escola, dos olhares no parquinho, das comparações entre primos, do diagnóstico virar rótulo.
"Será que ele vai aprender como os outros?"
"Vai conseguir fazer amigos?"
"Será aceito pela sociedade?"
O medo é sutil, mas constante. É o tipo de preocupação que não aparece nos exames, mas consome noites de sono e corrói a tranquilidade.
Solidão: ninguém vê o que acontece dentro de casa
Do lado de fora, as pessoas dizem:
“É só falta de limite.”
“Ele é só agitado.”
“Você precisa ser mais firme.”
Do lado de dentro, ninguém vê:
As crises na hora da lição.
As lágrimas no banho.
Os desabafos engolidos.
A exaustão emocional que se acumula sem pausa.
Ser mãe de uma criança com TDAH é, muitas vezes, lidar com o invisível. E ainda assim, ser julgada como se fosse responsável por tudo.
Exaustão: um amor que nunca tira férias
O amor de mãe é incondicional, mas também é humano. E ser o porto seguro de uma criança que exige presença constante pode ser profundamente cansativo.
É corrigir sem ferir.
É defender sem passar a mão.
É orientar sem controlar.
É cuidar mesmo quando você está no seu limite.
A exaustão não vem só das tarefas, mas do peso de tentar dar conta de tudo e ainda sorrir.
Aqui na Serenus, acolhemos também quem cuida.
Entendemos que o diagnóstico de TDAH não atinge só a criança ele transforma toda a dinâmica familiar. Por isso, nosso trabalho vai além do tratamento clínico: oferecemos escuta, orientação e suporte emocional para mães que, como você, estão reaprendendo a viver e a maternidade sob uma nova perspectiva.
Você não está sozinha. E não precisa carregar essa jornada em silêncio.
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