Por que sentimos o que sentimos? A origem das nossas emoções e o impacto na vida adulta
- Dra Thayane Esteves

- 2 de set.
- 2 min de leitura

Origem das emoções e impacto na vida adulta
Grande parte daquilo que sentimos hoje está ligada à nossa história. A origem das emoções e impacto na vida adulta se explicam pelas experiências emocionais da infância, que moldaram nossas crenças e reações diante do mundo. Quando necessidades como afeto, segurança ou liberdade de expressão não são atendidas, levamos para a vida adulta marcas emocionais que afetam relacionamentos, autoestima e decisões.
A infância como raiz emocional
A forma como sentimos hoje tem origem, em grande parte, na infância. Foi nesse período que nossas primeiras experiências moldaram crenças e padrões emocionais que carregamos até a vida adulta.
Segundo Jeffrey Young, criador da Terapia dos Esquemas, todo ser humano precisa ter supridas necessidades emocionais básicas:
Aceitação e conexão – sentir-se amado e seguro.
Autonomia e competência – ser encorajado a explorar e desenvolver habilidades.
Limites realistas – aprender disciplina e respeito saudável.
Liberdade de expressão – poder sentir e se expressar sem medo.
Espontaneidade e lazer – viver a infância com leveza e brincadeira.
Quando essas necessidades não são atendidas, formamos crenças centrais negativas: “não sou bom o suficiente”, “não posso confiar em ninguém”, “ninguém vai me amar de verdade”. Essas crenças se tornam raízes invisíveis que alimentam nossas emoções na vida adulta.
O impacto das emoções na vida adulta
As marcas emocionais do passado influenciam diretamente nossa vida presente:
Nos relacionamentos, podem aparecer como insegurança, ciúmes ou dificuldade em confiar.
No trabalho, podem se traduzir em perfeccionismo, auto cobrança excessiva ou medo de falhar.
Na autoestima, surgem como diálogos internos negativos que limitam sonhos e escolhas.
Estudos apontam que a ausência de um ambiente emocional saudável na infância aumenta a vulnerabilidade para ansiedade, depressão, desregulação emocional e estresse crônico na vida adulta.
Como transformar emoções em aliadas
A boa notícia é que emoções podem ser compreendidas e ressignificadas. O caminho passa pelo autoconhecimento e pela psicoterapia, que oferecem ferramentas para:
Identificar e questionar crenças limitantes.
Reconhecer e nomear emoções com clareza.
Desenvolver estratégias de regulação emocional.
Resgatar a criança interior e atender necessidades não supridas.
Construir novos significados para experiências dolorosas.
Como ensina a Terapia Cognitivo-Comportamental, não é o evento em si que determina o que sentimos, mas a interpretação que damos a ele. Ao transformar pensamentos, transformamos emoções e, consequentemente, nossa vida.
Sentir é humano. Compreender é libertador.
Não podemos evitar sentir. Mas podemos aprender a reconhecer, acolher e transformar nossas emoções em fonte de crescimento. Olhar para dentro é um convite para viver com mais autenticidade, equilíbrio e propósito.
Se você percebe que repete padrões emocionais que o aprisionam, considere a psicoterapia como um espaço seguro para ressignificar sua história e construir novas formas de sentir e viver.














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