Sabemos que a gravidez na vida de uma mulher é algo um tanto quanto marcante, provocando diversas mudanças e exigindo psicologicamente de cada mamãe.
Lidar com as incertezas, inseguranças, preocupações em excesso e atividades domésticas, não é uma tarefa nem um pouco fácil. E, além de tudo isso, ainda temos a amamentação. Muitos pensam que amamentar é um ato muito simples, fácil...afinal, "é só trazer o bebê junto ao seio, não é?"
Se você pensa assim, sinto dizer que está errado. Amamentar é um ato cuidadoso, delicado, que representa um momento de conexão e mudanças psíquicas entre a mãe e o bebê. Ele envolve muito mais do que apenas o ato de nutrir: envolve uma grande interação entre mãe e filho, com repercussões importantes sobre o desenvolvimento cognitivo, estado nutricional e emocional da criança.
Para a criança, o aleitamento materno reduz o risco de diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia e obesidade na vida adulta, favorecendo o desenvolvimento cognitivo e o desenvolvimento da face e da fala, bem como da respiração. Para a mãe, fornece vantagens como proteção contra câncer de mama e diabetes tipo 2, além de fortalecer o vínculo entre mãe e filho. Por isso, O estado mental, a presença de estímulos visuais, táteis, auditivos e olfatórios podem ter um papel estimulador ou inibidor destes processos. Então, uma orientação adequada com enfoque na manutenção de uma boa saúde mental para as mães pode contribuir para a eficácia do aleitamento materno.
Há, ainda, algumas estratégias a serem praticadas para auxiliar nesse momento tão delicado na vida da mãe e da criança:
-Tente não se cobrar tanto;
-Saiba priorizar as suas tarefas;
-Tenha responsabilidade compartilhada;
-Defina limites;
-Separe um momento para você;
-Tenha um tempo com amigos e família;
-Busque um equilíbrio entre ser profissional e ser mãe;
Atitudes pequenas, mas que fazem toda a diferença na hora desse contato com o bebê. O relaxamento, sensação de alegria, felicidade... tudo isso facilita o processo de amamentação. No entanto, muitas questões precisam ser levadas para a psicoterapia, para que o psicólogo lhe ajude a trabalhar isso com mais eficácia.
Letícia Braga Martins - Estudante de Psicologia

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