Ainda na seara dos tópicos que não geram alarme entre a população, o cenário da obesidade é bastante peculiar.
Embora 57% dos brasileiros tenham excesso de peso, segundo o Ministério da Saúde, apenas 15% veem os quilos extras como um desafio.
A taxa está entre as menores do planeta e só fica acima do que foi observado em Itália (13%), Tailândia (11%), Índia (10%), África do Sul (9%), Indonésia (6%) e Japão (5%).
"A obesidade é uma condição que demora para produzir algum efeito. A pessoa vive anos, ou até décadas, com excesso de peso, colesterol alto, diabetes e hipertensão antes de sofrer um evento mais grave, como um infarto".
"Isso dificulta a interpretação de risco relacionado à obesidade".
Excesso de peso ainda não é visto por muitas pessoas como uma ameaça imediata à saúde.
Uma das alternativas para modificar isso, envolve a realização de campanhas de comunicação, a exemplo do que ocorre com o câncer de mama e o outubro rosa, mês marcado por ações de conscientização sobre o diagnóstico precoce desse tumor.
Nesse contexto, é importante destacar o papel crucial do acompanhamento psicológico no tratamento da obesidade. A obesidade não é apenas uma condição física, mas também tem componentes emocionais e psicológicos significativos. Muitas vezes, o excesso de peso pode ser um sintoma de questões emocionais não resolvidas, como estresse, ansiedade ou depressão.
O acompanhamento psicológico pode ajudar a abordar essas questões subjacentes e fornecer estratégias de enfrentamento saudáveis. Além disso, os psicólogos podem ajudar a mudar a percepção das pessoas sobre a obesidade e a importância de manter um peso saudável. Eles podem trabalhar para combater o estigma associado à obesidade e promover uma imagem corporal positiva.
Além disso, o apoio psicológico pode ser fundamental para ajudar as pessoas a fazerem mudanças duradouras no estilo de vida. Perder peso e mantê-lo exige mais do que apenas dieta e exercício - também requer mudanças na maneira como pensamos sobre comida e nosso corpo. Os psicólogos podem fornecer as ferramentas necessárias para fazer essas mudanças de mentalidade.
Portanto, ao discutir a obesidade e suas soluções, é essencial que não negligenciemos o aspecto psicológico. Assim como as campanhas de conscientização são necessárias para aumentar a conscientização sobre os riscos físicos da obesidade, também precisamos de iniciativas para destacar a importância do bem-estar emocional e mental na prevenção e tratamento da obesidade.
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